sexta-feira, 30 de julho de 2010

Parasitologia mata.

Primeiro lembre-me mais tarde. Agora não. Hoje eu prefiro fingir que não gosto, não quero, definitivamente não preciso. Talvez um dia mude de idéia. Tente outra vez. Outra. Mais uma, quem sabe. Não adianta insistir, um dia quebro a cara sozinha e aprendo. Mas sozinha. Os outros são os outros, ou seja, muito melhores que você. O primeiro, o único e de quem eu quero mais distância.

Depois lembre-me que na verdade tenho medo. Não se esqueça de me avisar daqui a uns dois anos que essas coisas a gente não esconde a vida toda. Eu provavelmente vou saber. Você nunca se foi. Fingiu sumiço algumas vezes, mas eu sempre fui mais sagaz e notava sua farsa. Eu, sempre fui só(,) eu.

Lembre-me agora do que eu já me esqueci (ou finjo que esqueci, só para matar as saudades). Agora que os outros passaram a ser só sombra de coisa nenhuma, foi você que eu senti. Ficou tão perto que eu já nem via mais. Você me lembrou tantas vezes; uma hora alguém sempre cede e nunca é você.

Mas e se eu me esquecer? Ou pior, se você se esquecer de mim?! Lembre-me de que as interrogações vem sempre antes das exclamações (?!) A dúvida me faz querer Relembrar.

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