terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ernesto

Quais são as cores e as coisas pra te prender? Começou de súbito, mas a história completa me lembra aquelas toscas novelas. Quem diria que tudo conspirava a meu favor... A roupa certa, a companhia certa, um certo momento. Saia branca de candanga, cabelo solto, cachos de maluca, chegar cedo. Logo de cara: "nome e e-mail, por favor", mas eu já tinha parado nos alargadores. A química (não a da estequiometria) não me deixou tirar os olhos. Ele também não tirou, me mediu e abriu aquele sorriso, nos identificamos. Foi a primeira vez.
Num outro dia, sozinha naquele lugar, eu o reconheci. Foi um porto seguro num lugar estranho. Apesar de a roupa não ser mais a mesma, nem o cabelo, os alargadores eram. Eu queria ir embora, e fui. Mas voltei sem sucesso e com uma imensa vontade de chorar. Além de tudo, tinha perdido o brinco emprestado da minha prima. "Ei, isso é seu, né?!" Os alagadores, digo, o dono deles apontava para um caixinha de sugestões. Não, babaca... me achei idiota por pensar em responder isso ao único que tinha se aproximado de mim. Cheguei mais perto e vi meu brinco lá dentro. Como ele tinha percebido? Enfim, "Obrigada", isso não importava.Ele se virou pra outra conversa e eu ia ficar sozinha de novo. Agi antes de poder pensar no que diria. "Espera, eu te conheço de outro dia!" Ele se virou: "Ahn!? Sério? Como é o teu nome?"
Aquele nome era mais que familiar, era estranhamente familiar e eu gostei. Conversamos por alguns minutos, parecia que nos conhecíamos há anos. (...)

(continua no próximo episódio... _l_ continua quando eu voltar do jantar!)

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