quarta-feira, 16 de setembro de 2009

(continuando)
Nos entendemos, entendemos nossos ideais; nós parecíamos ideais um para o outro (ao menos pra mim).
As fotos tiradas pelas suas mãos, a camisa do Corinthians, a barba largada e quente no meu rosto, as mensagens inesperadas no celular, de Floripa a São Joaquim, as saudades, as tentativas e a procura. Quando?
Já reli todas as suas mensagens na esperança de notar alguma novidade. Não tive sucesso, já as conheço de cor. Poderia recitá-las "aqui e agora" com muito mais destreza do que faria com Fernando Pessoa.
Quais são as cores? As suas preferidas dependem do lugar. Pra parede do quarto, cinza e azul, azul para quase tudo. Pra camisa, branco, mas uma azul-petróleo também lhe cai bem. Azul é bom.
Sua voz dizendo bobagens ecoa na minha cabeça há alguns dias, seu riso frouxo se confunde com o meu, mas você não está aqui. Eu tento adivinhar seus passos, seus pensamentos e você é sempre tão imprevisível. Fica mais difícil saber a cor da sua camisa azul-petróleo com tantos quilometros de distância. Será que já fez a barba? Será que dormiu bem? Será que tem pensado em mim?
Já esmiucei tudo o que conheço de você, mas é pouco. Preciso conhecer mais, preciso conhecer tudo. "Escuta: eu sou ardente e sou morena; de ânsias e gozos minh'alma é plena."
Me coloca no teu ombro e me leva pra cama. Eu quero sentir o seu cheiro, o do perfume, o da erva. É assim que eu gosto. Eu te arrumo o azul do mar, o do céu e (se você quiser) o azul de todas as reservas de petróleo pra te dar. Fica comigo.

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