sábado, 8 de janeiro de 2011

Analiso uma a uma das opções e nada. Nenhuma novidade. Corro os olhos do primeiro ao último, selecionando meticulosamente as qualidades, aroma, tempero, sabor – balanceando com o tamanho do apetite também. E o fim chega mais rápido do que eu imaginava, sem sucesso. Decepcionada caio, me levanto. Só Caio serviria. Mas sendo assim, sem Caio, só me levanto e retorno ao menu. A extensa gama de opções ilude, a maior parte não vale a pena. E o apetite não é tanto.
Poderia contar com aquela surpresa. Mas pensando bem, pode ser como da última vez: espero tempo demais, até ser avisada de que essa opção não está disponível. O que sobra por resultado é uma imensa fome não saciada.
Peço a carta de vinhos, finjo que entendo e resolvo pedir uma garrafa de um argentino. E pareço mesmo entender afinal é o melhor de todos os tintos que já provei – não que tivesse provado muitos outros, a bem da verdade só conheço de cervejas nacionais.
No início não acreditava que iria dar conta de toda a garrafa, mas o vinho é tão bom que sem notar toma-a toda e penso em pedir mais uma. Mas não posso. Tenho que dirigir, o vinho é muito caro, acabou o estoque, o garçom se nega… a desculpa não faz diferença. Só fica aquele aroma irresistível, mas ao qual tenho que me privar sem entender bem o porquê.

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