segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Tudo aqui quer me revelar: unhas roídas, ausências, visitas, cores na sala de estar." Z.D.

Quando tiver minha própria casa vou escrever na parede da sala "tudo aqui quer me revelar". Vou tem um Cachorro chamado Mau-Humor e uma Gata chamada Pandora. Talvez troque a gata pela filha, mas o nome permanece: Pandora Machado. Vou conservar o pôster do Che na parede e as fotos. Uma prateleira para livros (mesmo que não sejam muitos), uma gaveta para CD's, uma mesa cheia de papéis e restos de comida (pela preguiça de levar à cozinha tudo o que trouxer para canto do estudo). O colchão vai ficar no chão em cima de um estrado de madeira simples, sem cama pra eu não cair no meio da noite e ainda poder dormir com o braço no piso frio nos dias de verão. Se pudesse não teria portas entre os cômodos, afinal não sei atravessar uma porta sem levar o batente junto. Na geladeira muita água, muito tomate e muito brócolis. Na pia, louça suja. No tanque, pilhas de roupas. No coração?... AH, não posso me esquecer da gaveta pras camisas do timão e do rádio na pia do banheiro sempre sintonizado na Nova Brasil e com um CD sortido no player. Não quero relógio, nem calendário. Dispenso muitas portas, mas não abro mão de enormes janelas. Tapetes no chão onde eu possa me jogar e o velho Dionísio repouse depois de uma tarde intensa de prazer (musical!).
Preciso de um canto, um cantar e um cantor. O que mais posso querer dessa vida?

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